terça-feira, 19 de abril de 2011

PAIXÃO E MORTE DE JESUS CRISTO

                    Meus irmãos, nesta semana quando celebramos a Paixão e Morte de Jesus Cristo, louvamos e agradecemos à Deus por ter dado seu único filho para morrer por nós e derramar seu sangue para lavar-nos de nossos pecados e salvar-nos.
             Nós muitas vezes não nos damos conta de que Jesus não simplesmente morreu por nós (como se isto fosse simples) mas Ele foi humilhado por nós, Ele foi surrado por nós, Ele passou por um sofrimento que jamais um de nós suportaria ao menos um décimo do que Ele suportou, por nós.
                   Eu gostaria de com partilhar com os irmãos deste depoimento de um médico cirurgião, onde ele relata o que Jesus passou antes de morrer, por mim e por você!


            Sou um cirurgião, e dou aulas há algum tempo.
Por treze anos vivi em companhia de cadáveres e durante minha carreira estudei anatomia a fundo.
Posso, portanto, sem presunção, escrever sobre a morte de JESUS.
JESUS entrou em agonia no Getsemani, e o seu suor tornou-se como gotas de sangue a escorrer pela terra.
O único evangelista que relata o fato é um médico, Lucas.
E o faz com a precisão de um clínico.
O suar sangue, ou “hematidrose”, é um fenômeno raríssimo.
É produzido em condições excepcionais:
- Para provocá-lo, é necessária uma fraqueza física, acompanhada por um abatimento moral violento, causada por uma profunda emoção, por um grande medo.
O terror, o susto, a angustia terrível de sentir-se carregando todos os pecados dos homens, devem ter esmagado JESUS.
Tal tensão extrema produz o rompimento das finíssimas veias capilares que estão sob as glândulas sudoríparas, o sangue se mistura ao suor e se concentra sobre a pele, e então escorre por todo o corpo até a terra.
Conhecemos a farsa do processo preparado pelo Sinédrio hebraico, o envio de JESUS a Pilatos e o desempate entre o procurador romano  e Herodes.
Pilatos cede, e então ordena a flagelação de JESUS.
Os soldados despojam JESUS, e o prendem pelo pulso a uma coluna no pátio. 
A flagelação se efetua com tiras de couro  múltiplas sobre as quais são fixadas bolinhas de chumbo e de pequenos ossos.
Os carrascos devem ter sido dois, um de cada lado, e de diferente estatura.
Golpeiam com chibatadas a pele, já alterada por milhões de microscópicas hemorragias do suor de sangue.
A pele se dilacera e se rompe; o sangue espirra.
A cada golpe JESUS reage a um sobressalto de dor.
As forças se esvaem; um suor frio lhe impregna a fronte, a cabeça gira em uma vertigem de náusea, calafrios lhe correm ao longo das costas.
Se não tivesse preso no alto pelos pulsos, cairia em uma poça de sangue. 
Depois o escárnio da coroação.
Com longos espinhos, mais duros que os da acácia, os algozes entrelaçam uma espécie de capacete e o aplicam sobre a cabeça.
Os espinhos penetram no couro cabeludo fazendo-o sangrar (os cirurgiões sabem o quanto sangra o couro cabeludo).
Pilatos depois de ter mostrado aquele homem dilacerado a multidão feroz, o entrega para ser crucificado.
Colocam sobre os ombros de JESUS, o grande braço horizontal da Cruz; pesa uns cinquenta quilos.
A estaca vertical já está plantada sobre o Calvário.
JESUS caminha com os pés descalços pelas ruas de terreno irregular, cheias de pedregulhos.
Os soldados puxam com a corda.
O percurso de cerca de 600 metros, JESUS fatigado, arrasta um pé após outro, frequentemente cai sobre os joelhos.
Os ombros de JESUS estão cobertos de chagas.
Quando ele cai por terra, a viga lhe escapa, escorrega e lhe esfola o dorso.
Sobre o Calvário tem início a crucificação.
Os carrascos despojam JESUS, mas a sua túnica está colada nas chagas, tirá-la produz uma dor atroz.
Quem já tirou uma atadura de gaze de uma grande ferida, sabe do que se trata.
Cada fio de tecido, adere à carne viva; ao levarem a túnica, se laceram as terminações nervosas postas em descoberto pelas chagas.
Os carrascos dão um puxão violento.
Há um risco, e toda aquela dor provoca uma síncope, mas ainda não é o fim.
O sangue começa a escorrer, JESUS é deitado de costas e as suas chagas se incrustam de pedregulho.
Depositam-no sobre o braço horizontal da cruz.
Os algozes tomam as medidas.
Com uma broca, é feito um furo na madeira para facilitar a penetração dos pregos.
Os carrascos pegam um prego (um longo prego pontudo e quadrado), apoiam-no sobre o pulso de JESUS, e num golpe certeiro de martelo o plantam e o rebatem sobre a madeira.

JESUS deve ter contraído o rosto assustadoramente.
O nervo mediano foi lesado.
Pode-se imaginar aquilo que JESUS deve ter provado, uma dor lancinante, agudíssima, que se difundiu pelos dedos, e espalhou-se pêlos ombros, atingindo o cérebro
A dor mais insuportável que um homem pode provar, ou seja, aquela produzida pela lesão dos grandes troncos nervosos; provoca uma síncope e faz perder a consciência.
Em JESUS não.
O nervo é destruído só em parte; a lesão do tronco nervoso permanece em contato com o prego;
Quando o corpo foi suspenso na cruz, o nervo se esticara fortemente como uma corda de violino esticada sobre a cravelha.
A cada solavanco, a cada momento, vibrara despertando dores dilacerantes.
Um suplício que durara três horas.
O carrasco e seu ajudante empunham a extremidade da trava; elevam JESUS, colocando primeiro sentado e depois em pé, consequentemente, fazendo-o tombar para trás, o encostam na estaca vertical.
Depois rapidamente, encaixam o braço horizontal da cruz sobre a estaca vertical.
Os ombros de JESUS esfregam dolorosamente sobre a madeira áspera.
As pontas cortantes da grande coroa de espinhos penetram o crânio.
A cabeça de JESUS inclina-se para frente, uma vez que o diâmetro da coroa o impede de apoiar-se na madeira.
Cada vez que JESUS levanta a cabeça, recomeçam pontadas agudas de dor.
Pregam-lhe os pés. Ao meio dia JESUS tem sede.
Não bebeu desde a tarde anterior.
Seu corpo é uma máscara de sangue.
A boca está semi-aberta; o lábio inferior começa a pender.
A garganta seca, lhe queima, mas ele não pode engolir.
Tem sede.
Um soldado lhe estende sobre a ponta de uma vara, uma esponja embebida em bebida ácida, em uso entre os militares.
Tudo aquilo é uma tortura atroz.
Um estranho fenômeno se produz no corpo de JESUS.
Os músculos se enrijecem em uma contração que vai se acentuando: os deltóides, os bíceps esticados e levantados, os dedos se curvam.
É como alguém ferido de tétano.
A isto que os médicos chamam de titânia.
Quando os sintomas se generalizam os músculos do abdome se enrijecem em ondas imóveis, em seguida...
Os músculos entre as costelas, o do pescoço e os respiratórios.
A respiração se faz, pouco a pouco mais curta.
O ar entra com uma dificuldade terrível, mas não consegue mais sair.
JESUS respira com o ápice dos pulmões.
Tem sede de ar; como um asmático em plena crise, seu rosto pálido pouco a pouco se torna vermelho, depois se transforma num violeta purpúreo e enfim em cinético.
JESUS é envolvido pela asfixia.
Os pulmões cheios de ar não podem mais esvaziar-se.
A fronte está impregnada de suor, os olhos saem fora de órbita.
Mas o que acontece?
 Lentamente com o esforço humano, JESUS toma um ponto de apoio sobre o prego dos pés.
Esforça-se a pequenos golpes, se eleva aliviando A tração dos braços.
Os músculos do tórax se distendem. A respiração torna-se mais ampla e profunda, os pulmões se esvaziam, o rosto recupera a palidez inicial.
Porque este esforço?
Porque JESUS que falar:-
“PAI perdoa-lhes porque não sabem o que fazem”.
Logo em seguida o corpo começa afrouxar-se de novo, e a asfixia recomeça.
Sete frases foram transmitidas por JESUS na cruz: cada vez que ELE a pronunciava, elevava-se tendo como apoio o prego dos pés.
Inimaginável.
Atraída pelo sangue que ainda escorre e pelo coagulado, enxames de moscas zunem ao redor do seu corpo, mas ELE não pode enxotá-las. Pouco depois o céu escurece, o sol se esconde: de repente a temperatura diminui.
Logo serão três da tarde, depois de uma tortura que dura três horas.
Todas as suas dores, a sede, as cãibras, a asfixia, o latejar dos nervos medianos, lhe arrancam um lamento:-
“Meu Deus, meu Deus.... Porque me abandonastes?”
JESUS grita:- “Está tudo consumado”
Em seguida num grande brado diz:
- “PAI, nas tuas mãos entrego o meu espírito”
  
E MORRE
Em meu lugar e no seu




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